Bar Da Treta
quinta-feira, abril 22, 2004
 
SISTEMA
Numa altura em que o "sistema" é a noticia de primeira página dos diários informativos, achei oportuno falar sobre o mesmo e sobre alguns dados, bem como relembrar uma entrevista dum "homem de coragem", o denunciador do "sistema".
Os dirigentes do Sporting e do Benfica continuam sem perceber que menosprezar a importância, a dimensão e o carácter nacional do FC Porto faz deles ineptos e incompetentes. Ineptos porque, alegadamente, se deixaram enganar, durante duas décadas, por um mero chefe tribal, que, pelo menos uma vez por semana, reconhecem ser incapazes de travar, apesar de muito importantes, muito grandes e muito nacionais. Incompetentes porque, se são importantes, grandes e nacionais, têm forçosamente mais meios à disposição, com os quais conseguiram, juntos, sete campeonatos e duas finais europeias perdidas nos últimos vinte anos, contra doze campeonatos, uma Taça UEFA, uma Taça dos Campeões Europeus, uma Taça Intercontinental, uma Supertaça europeia, uma final da Taça das Taças perdida, a supremacia na Taça de Portugal e na Supertaça portuguesa, meias finais da Champions League na presente época com possibilidade de atingir a final, algo histórico para o clube, para a cidade, para o país, mas impensável há apenas um ano atrás, e um rendimento internacional que quase triplica, em número de pontos, os de Sporting e Benfica somados. O problema do "sistema" denunciado por Dias da Cunha é que passa as fronteiras. Pinto da Costa e Valentim Loureiro não chegam para o explicar: é preciso juntar-lhe um Lennart Johansson, que justifique também a inexistência internacional dos dois maiores clubes portugueses. Para usar a terminologia do presidente do Sporting, a negra influência dos "pequenos" vândalos circunscritos ao Norte de Portugal estende-se à Europa. A muito elogiada entrevista de Dias da Cunha à RTP1 tem sempre explicação jornalística possível, mas um único objectivo: dar ao entrevistado a possibilidade de limpar a imagem. E ele fê-lo seguindo o mais original dos caminhos: árbitros, dinheiro sujo e Pinto da Costa. Com essa mensagem vazia de conteúdo, de provas e de concretização, igual ao seu discurso de sempre na forma e na letra, mereceu notáveis aplausos. "Até que enfim, um homem de coragem".
Onde??
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